Boa Saúde!

Não se pode perder de vista, que, ao casar-se, a pessoa orienta-se a prazo mais ou menos longo para maternidade ou paternidade, encargos geralmente incompatíveis com estados doentios.

Quem não vê, com efeito, que a saúde da jovem prepara a dos filhos. Eles herdarão robustez ou debilidade através do próprio valor do pai, é certo, mas sobretudo, através do valor físico a mãe Sabemos bastante a importância que reveste a qualidade da gestação sobre o estado de saúde os filhos, por isso não vamos insistir demasiado nisto. É pena que, embora convencidos, pouco pensemos o assunto. Um rapaz não pode escolher a esposa sem pensar que ela será fonte de vida de seus filhos. Também não deve caminhar para isso impensadamente e resvalar sobre o assunto fechando os olhos.

Um estado de saúde precário ou mesmo deficiente leva a complicações de toda espécie, das quais algumas tem consequências: além da própria saúde dos filhos que, como acabamos de lembrar, depende estritamente da mãe, há também as relações comuns, ou, se preferirmos, a atmosfera habitual do lar

A mulher sempre enferma pode tornar-se altamente irascível, hipersensível, desconfiada, e criar assim, ainda que involuntariamente, ambiente onde a harmonia conjugal se torna problemática Pode, então, o marido abandonar-se ao abatimento, afastando-se de um lar onde a paz se tornou impossível.

Por outro lado, a saúde do pai não é menos importante, antes de tudo, do ponto de vista da criança. Isto porque, da mesma forma que a mãe, embora de modo menos evidente, ele garante e prepara a saúde do filho Este nascerá prejudicado ou favorecido fisicamente pelo pai; a parte eminentemente ativa que ele toma na concepção traz consequências duráveis demais para serem ignoradas.

Além disso, o papel do marido, como o de pai, conduz o homem à responsabilidade material do lar. Pelo casamento, o jovem se torna provedor dos seus: mulher e filho dependem dele Teremos pensado que, sem boa saúde paterna, o próprio pão cotidiano se torna incerto? Lembro-me de ter conhecido noivos tão cegamente lançados no próprio amor que negligenciavam deliberadamente este aspecto tendo como resultado que, pouco depois, a jovem, grávida, teve que prover às necessidades do lar suportando um marido incapacitado! É certo que o caso se pode produzir de maneira imprevisível. Resta-nos então contar com os recursos da Providência, cujos secretos desígnios permitiram que se chegasse a tal estado de coisas. Mas, quando esta deplorável situação resulta de cegueira pueril, só pode conduzi a dificuldades intransponíveis. E temos para crer que os casais adeptos de tal política acabarão nas mais cruéis decepções

Digamos logo, para evitar qualquer falsa interpretação, que certas enfermidades podem muito bem não prejudicar o estado geral da saúde de uma pessoa Este caso não apresenta, evidentemente, dificuldade alguma.

Entretanto, se a saúde é importante, ela mão é toda a vida conjugal. Podemos afirmar que se trata de pré-requisito à harmonia do lar, por ela favorecida e facilitada. Mas, só a força de caráter há de assegurar essa harmonia.

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Fonte: Padre Charboneeau – Livro: Noivado.